13 de setembro de 2010

TENHO PERSISTÊNCIA OU TEIMOSIA ?



Tem muita gente que engana a si mesmo acreditando que uma de suas melhores qualidades é a persistência. Porém é preciso refletir sobre essa questão, pois às vezes dispendemos tempo e energia demais insistindo em algo que nem sempre vale a pena.
E ficamos tão cegos em nosso propósito de persistir que perdemos a noção até mesmo do certo e do errado , do senso do ridículo, e do prazer por outras coisas!

Eu já estava pensando nesse tema para postar quando encontrei esse artigo da Sandra Maia que trata de forma até didática essa questão.

Vale a pena ler e refletir!

Persistência ou teimosia?


Em toda relação, ou melhor, em toda situação é preciso levar em conta como agimos. Será que estamos persistindo porque faz bem, porque esperamos ter sucesso? Ou será que estamos teimosamente tentando fazer virar uma situação que não tem a menor possibilidade de dar certo? Auto-destruindo-nos, abandonando nossos sonhos, destruindo o outro? Pois é: teimosia ou persistência? Burrice, ingenuidade ou lucidez, inteligência emocional?
Assim tomamos nossas decisões. Ora com clareza, ora com a cegueira que nos cabe. Em relacionamentos amorosos é tudo mais complexo – as emoções estão à flor da pele… Tendemos por isso, ficar mais do que deveríamos. A cobrar mais do que poderíamos. A confundir tudo e pensar que estamos no caminho… Quando, na verdade, estamos é nos distanciando do centro – do outro.
Não faz diferença
“A mente MENTE!”, dizia-me um amigo. E, quanto mais dermos ouvidos a esses nossos pensamentos tresloucados, mais fácil entramos numa fria – do tipo AUTOBOICOTE. Ou seja, deixamos de lado a ideologia do viver bem para, num rompante quase sadomasoquista, viver mal. E, nisso tudo, que diferença faz se é amor ou paixão? Quase nenhuma.
A bola ainda está conosco. E, nesse contexto, mais do que discutir o teor do sentimento, o melhor mesmo é viver, arriscar, entender que tudo o que é demais não tem importância se tivermos para onde voltar.
Errar é humano
Então, persistir é humano. Errar também… Ou seja, fica mais fácil errar menos quando sabemos que, se não der certo, vamos ter acolhida. Vamos poder voltar atrás, dar meia volta, retomar do zero uma nova oportunidade. Fácil, não?
Não é fácil entender que erramos. Que o amor não é para sempre. Que as nossas decisões e escolhas de vida podem ser mudadas toda vez que desejarmos.
Fica então o bate boca normal daqueles que entendem que o que começou tem de acabar. Comeu a carne tem que roer o osso etc, etc, etc…
Será mesmo que não dá para refletir sobre nossa situação atual e buscar uma atitude? Será mesmo que precisamos nos condenar a qualquer tipo de relação só porque, em algum momento, fizemos a escolha?

Dependência

Viver louco de amor é muito bom. Bom enquanto há troca, enquanto dá prazer. Viver louco de amor por outro que não está nem aí é dependência. Amar demais, como gosto sempre de reforçar, não tem problema se entendermos que não é a quantidade que conta e sim o como. O como podemos incluir o outro na nossa vida sem abrir mão da nossa identidade, da nossa essência.
Por isso, talvez os poetas, os romancistas tenham vivido tão bem grandes amores. Tantos quanto lhes foi possível amar. Isso é ruim? Diria a você que, ao contrário, é um privilégio para poucos. Para aqueles que aceitam correr riscos. Que compreendem a diferença do que faz bem e do que não faz. Entre experimentar e abrir mão – desapegar. Abrir-se para o novo.

Bagagem

Ao final da contas, vale sempre lembrar: não há nada que possamos levar conosco em outras vidas. Não há nada além das emoções… Talvez por isso insista tanto em manter a reflexão sobre o que estamos fazendo com nossas vidas – enquanto discutimos o que é certo e o que não é!
Certo é tudo o que podemos fazer no momento em que estamos fazendo. Isso quer dizer que não erramos? Não. Quer dizer apenas que, quando estamos presentes, sintonizados com a realidade, podemos sempre nos desculpar, voltar atrás, mudar o compasso, o passo, escolher outro caminho…
O outro irá aceitar? Perdoar-nos? Talvez! E quanto a isso nada a fazer. Somente viver, caminhar, manter-se em movimento…

2 comentários:

  1. Eu quero um punhado de estrela madura
    Eu quero a doçura do verbo viver.

    (Caio F. Abreu)

    Saudações Poéticas!! M@ria

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  2. Elaine querida, amei sua visita no meu blog e simplesmente ameiii o seu!vou linká-la num espaço especial de meu blog, minha mae tb é psicopedagoga, q alegria, amei o post e penso q qdo nao estamos felizes com o q está ao nosso redor, temos q ter a coragem de dar um passo em rumo à nossa felicidade, pois só podemos fazer um mundo melhor, qdo estamos bem, qdo somos verdadeiros com nossa própria alma!!me visite mais vezes!!ótimo fds!!!

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